Por Vander Vigne 2a1u1o
A colheita do café Conilon no Norte do Estado está prestes a começar. Este ano (2014) ela chegará mais cedo e com maturação mais uniforme do que ano ado. Os proprietários de cafezais já estão preparando os materiais necessários para a colheita.
Em Vila Pavão, município formado por pequenas propriedades rurais, as lavouras cafeeiras predominam. A média por hectare e de 19 sacas.
- De acordo com o produtor Lino Vigna, essa lavoura situada no Córrego Estevão, tem produção média de 50 sacas por hectare
A colheita do café é feita, geralmente, pelas próprias famílias e vizinhos que aproveitam a época do ano para aumentar suas rendas.Praticamente todas as propriedades possuem pelo menos uma “moita” de café.
Logo que terminam a “panha” de suas propriedades, as famílias am a ajudar os que ainda não terminaram. Poucas são as propriedades que necessitam de contratar mão – de – obra externa. A produção do café Conilon é a principal fonte de renda agrícola na região desde os anos 70, mas vem sendo substituída por outras, principalmente pela pecuária.
Em todo o Espírito Santo, maior produtor nacional de café Conilon, os produtores estão animados, pois nos últimos meses o preço do café no mercado tem dado uma boa reação (cerca de 250 reais a saca) o que ainda é pouco porque mais da metade deste valor representa o custo para a produção de uma saca. Com os preços pouco valorizados e a manutenção das lavouras muito cara, os proprietários investem menos e a produção por saca fica bem abaixo da média ideal (40 sacas por hectare). Mesmo assim, ainda deixa lucro porque são as próprias famílias que se organizam para colheita e geralmente possuem Associações para baratear o custo dos transportes e pilagem do produto.
Os Municípios que investem mais em tecnologias, como é o caso de Jaguaré, maior produtor Estado, a média de produção é de mais de 30 sacas por hectare.
Em nosso município a produção cafeeira ainda pode melhorar. Em Vila Valério, por exemplo, 2º maior produtor do Estado, a média é de aproximadamente 26 sacas por hectare. Esse aumento de produtividade é importante porque, além de proporcionar mais renda para o município, evita a migração dos jovens rurais para as cidades e consequentemente, previne o êxodo rural.
Apesar das dificuldades conhecidas pelos produtores, o café ainda é nossa base de sustentação agrícola, e é ele que impulsiona a economia local.
A época da colheita é motivo de festa, pessoas desempregados conseguem tirar até 3.000 reais ao mês, quando é bom catador – “panhador” – de café. Há muitos casos de trabalhadores que conseguem colher até 20 sacos maduros em um dia, mas a lavoura precisa ser de qualidade.